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quarta-feira, 13 de maio de 2009

Blogueiro e texto. Dois em um.

No poema de Lêdo Ivo, já no primeiro verso ele fala que escrever é expressar-se. De fato não temos nem como discordar. Pelo texto exprimimos nossos conhecimentos, pensamentos, sentimentos. Quando vamos fazendo a tecitura de um texto nos lembramos das coisas, pessoas, histórias, ciências de tudo que puder encadear nossas idéias. Isso entra na memória que eterniza o que escrevemos.
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Certas pessoas escrevem para atiçarem lutas de classe, outras para melhorarem a nossa sociedade, outras para ganharem a eternidade nos livros de literatura, outras só para conseguirem honrarias e posições. Os melhores segundo Lêdo são aqueles que escrevem pelo prazer de escrever. Estes têm sempre algo a mais para dizer, tocam nossos sentimentos, arejam nossa razão.
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Quando estamos expondo a escrita precisamos ter em mente que escrevemos para alguém. Este vai ler nossas idéias em outro lugar pelo qual nem sempre poderemos manifestar-nos. Nosso leitor fará a leitura de acordo com sua bagagem, pontos de vista, circunstâncias e os seus propósitos. Nossos pensamentos podem ser entendidos de outra maneira, sim. Daí, porque o texto deve ser um todo, um conjunto de palavras que formam sentido. É o autor quem sempre anima a idéia do texto. Isso pede treino e alguns aspectos da linguagem que serão tratados em outro momento aqui.

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O texto atinge seu ápice quando possibilita a interpretação e reflexão. Quem escreve deve selecionar "o que vai dizer" e "como fazê-lo". Nada de escrever de qualquer jeito. Lembre-se seu texto tem uma função comunicativa. É uma atividade que compreende uma espécie de "projeto de dizer" da parte do autor. Nosso leitor não é passivo, ele interage com o texto que lhe serve de "lugar" para uma gama de implícitos dos mais variados tipos. Identificamos isso quando produzimos um texto que aborda o contexto sociocognitivo do leitor. Mãos à obra. Abraços!
Texto adaptado por Sheila Fonseca
BIBLIOGRAFIA
KOCH, Ingedore. Desvendando os segredos do texto. Editora Cortez, ed.5º, São paulo, 2006.
ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro & interação. Editora Parábola, ed. 1ª, São Paulo, 2003.

Um comentário:

GEOLETRAS disse...

José,

Seja bem-vindo! Que bacana você manter um diálogo constante consigo, texto, personagens. Soltar a escrita é importante para se encontrar nesse prazeroso e árduo universo do autor. Quando a "inspiração" não vem, o autor deve "transpirar" para produzir seu texto. Inspiração e técnica são duas coisas que combinam muito bem. Sua última frase me lembrou o poema de Max Martins:

"Escrevo duro, escrevo escuro. E neste muro, o que procuro, furo".

Abraços! Sheila

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