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sexta-feira, 15 de maio de 2009

As sete mulheres no inferno

Imagem retirada da internet
Texto de Sheila Fonseca/exclusivo do blog
Numa noite qualquer em que se agradece a Deus pelo dia. Débora resolveu recitar o salmo 23 e quando chegou ao trecho: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam”. Parou e perguntou: - Como seria andar pelo inferno sem medo? Neste dia Débora sonhou.
_______________________________________ Desceu num lugar, onde as águas são escuras, não se sabe o que tem no fundo. Débora conseguia caminhar sobre estas, sem dificuldades. Em seu redor havia um navio antigo com pedaços de madeiras espalhadas. Este servia de abrigo e prisão para muitos homens que estavam ali há muitos anos dentro daquele convés.
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Homens de físico forte, aterrorizados, indefesos e sujeitos as mais diversas barbaridades do local. Fediam a sangue, lama e dor. Uma força atrativa os prendia naquele lugar. Algo muito inferior num misto de aracnídeo, besouro com pêlos de tamanho maior que o normal tomava posse daquelas águas sombrias.
_________________________________________ A fome, loucura, frio, cansaço chegara no seu ápice. Um dos homens lembrou-se de uma história de fé que lhe contaram na sua infância. Sem saber sua mente se ligou as das seis mulheres mais lindas que alguém poderia ver naquele ambiente fétido.
_________________________________________ Nessa noite aconteceu um verdadeiro resgate daqueles homens. Uma batalha iria acontecer pela libertação deles, se fosse preciso. Elas trajavam roupas especiais: botas de guerreira, vestidos, armaduras, lança e redes na mão. Tinham cabelos compridos envoltos a uma fita e uma coragem de fazer tremer qualquer homem. Se posicionavam em círculo para evitar ataques. Tinham um tempo para entrarem e sair dali. Todas estavam protegidas por uma força que servia como escudo invisível. Nada poderia machucá-las ou contaminá-las. Andavam sobre as águas também.
_________________________________________ A besta ficou paralisada, sem nada poder fazer para impedí-las, embora ameaçasse atacar. Estavam sempre atentas, não baixavam a guarda nunca. Nesta noite todos foram levados para um lugar melhor. Para eles eram deusas, para Débora eram uma espécie de arcanjos. Débora desceu ao inferno, sim. Contudo, não viu só o mal, mas a presença e força do bem.

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