
Na segunda noite, já não se escondem: pisam as flores, matam nosso cão e não dizemos nada.
Até que um dia o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E porque não dissemos nada, já não podemos dizer nada.
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* Os versos acima são, tradicionalmente, atribuídos a Maiakowsky, embora muitos garantam que essa atribuição não é verdadeira, fazendo parte de um poema do brasileiro Eduardo Alves da Costa.
Um comentário:
Um belo poema que reflete a realidade atual. Nós deixamos que nos roubem tudo. Precisamos reagir.
Beijo
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