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sábado, 25 de julho de 2009

Mãe me perdoa, por favor...

Texto de Sheila Fonseca
Dona Maria é destas mães trabalhadoras que criava seu filho Diego de 16 anos sozinha. Levava uma vida dura e por trás desta dificuldade toda seus sentimentos não puderam ser trabalhados de maneira mais solta.
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Diego estava apaixonado por Marina, moça estudiosa, bonita. Eram dois adolescentes em plena explosão de hormônios. Algo bonito de se vê, contudo, era um amor ainda imaturo que sucumbiu ao primeiro desentendimento.
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O jovem Diego não aceitou essa separação e numa atitude impensada resolveu dar fim a sua existência tomando "chumbinho", veneno usado pra matar ratos. Começou a passar mal. Foi o momento que se deu conta da besteira que havia feito. Gritou por sua mãe que veio socorrê-lo imediatamente. Ao chegar perto dele só escutava o pedido desesperado do filho:
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-Mãe, me perdoa, me perdoa mãe, me perdoa, por favor. -Agonizava o infeliz.
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Dona Maria estava atônita, não respondeu nada. Diego faleceu em seus braços. Houve lágrimas, dores, rumores sobre a morte do filho dela por toda vizinhança.
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Depois disso, D. Maria passou a ter insônias. Por um ano não conseguia mais ter sono sossegado, virava de um lado por outro na cama. Seu pensamento estava sempre no seu filho, parecia que o menino ficava próximo dela o tempo todo.
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Um dia resolveu orar, conseguiu dormi e sonhou com Diego entrando pela porta da frente. Ele estava bem, parecia saudável. Esse disse a ela:
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-Mãe, vim me despedi da senhora. A minha sorte foi que no último momento me arrependi do que havia feito, assim fui perdoado por Deus. Mas faltou o seu perdão. Por isso, não pude me libertar. Queria saber se a senhora pode me perdoar agora, mãe? Dessa vez ela não hesitou e disse:
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-Sim, meu filho. Eu te perdoo e desejo que você vá em paz. Me desculpe, por não ter lhe dito isso naquele dia em que você partiu. Não entendia o porquê de você ter feito tudo aquilo. Mas a partir de hoje vou sempre orar por você. Te amo.
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Diego, foi embora e nunca mais D. Maria teve isônia. Os dois resolveram em sonho a questão que havia ficado pendente.
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D. Maria, finalmente, compreendeu a imaturidade por trás da atitude do filho. Disse "eu te amo", sem pedir nada em troca. Diego mudou na hora certa de intenção, pra Deus é o que importa. Isso foi um lucro adicional, pois D. Maria conseguiu construir sua emoção a partir do momento que perdoou seu filho.
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"Não sejam juízes das pessoas, mas seus defensores, ainda que não mereçam. Se não fizer isso por elas, faça por você".

4 comentários:

PROJETO NOVO IMPULSO disse...

Seu texto foi fundo em mim, muito bonito, que momento de reflexão que passei agora aqui.Nata 10000000 para você e seu texto.
Abraços forte

LISON disse...

Saudações!
Amiga SHEILA
Um texto maravilhoso!
Uma mensagem muito profunda, esqueçamos o sentenciamento, aceitemos ao próximo para que possamos construir um mundo muito melhor!
Parabéns pelo ótimo texto!
Abraços,
LISON.

joselito disse...

A imaturidade até por uma questão definida faz parte dos jovens e alem de serem imaturos agem por impulso, e a grande maioria é agravada pois não tem o acompanhamento necessário dos pais.

Chá das Cinco disse...

Gostei muito daqui e fiquei.
Os textos são ótimos e inteligêntes, parabéns.
Estou te esperando no Chá, espero que goste.
Senti que você tem sensibilidade para deixar a tua opnião no meu post de hoje, te aguardo.
um abraço linda.

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