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quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Linguagem: comunicação e memória

Como uma onda ----------------- Lulu Santos e Nelson Mota
Nada do que foi será
De novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa, tudo sempre passará
A vida vem em ondas, como um mar
Num indo e vindo infinito
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Tudo que se vê não é
Igual ao que a gente viu há um segundo
Tudo muda o tempo todo no mundo
Não adianta fugir,
Nem mentir pra si mesmo agora
Há tanta vida lá fora
E aqui dentro sempre
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Como uma onda no mar...
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As palavras do compositor da música falam de tempo. Da memória que ao mesmo tempo que registra, também sofre mudanças como as ondas do mar. Você acredita que "nada do que foi será/ De novo do jeito que já se foi um dia"? ou "Tudo que se vê não é/ Igual ao que a gente viu há um segundo"? ou "Tudo muda o tempo todo no mundo"? Sim ou não?
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Na moda, por exemplo, ocorre justamente o que a música menciona. Observe as mudanças do estilo tradicional ao contemporâneo. Quem diria que o metrossexual iria ativar toda essa indumentária do universo hippie, funk de maneira tão elegante e provocativa. Por esse ponto de vista "nada do que foi será/ De novo do jeito que já se foi um dia".
As mudanças, alcançaram os meios de comunicação que sem dúvida, hoje, desfrutamos de um conforto e rapidez que outrora não tínhamos. Vai dizer que nosso Lulu Santos e Nelson Mota não têm razão nessa letra quando falam que "Tudo muda o tempo todo no mundo e "Não adianta fugir, Nem mentir pra si mesmo agora".
E os transportes? Com certeza, se formos verificar mais a fundo encontraremos várias transformações que também acompanharam a época que cada um de nós viveu ou vive. Assim , "Tudo que se vê não é/ Igual ao que a gente viu há um segundo.
Perceba que esse passar do tempo também causou transformações na língua. Pois, iniciamos nossas representações utilizando as paredes das cavernas que serviram de suporte para essas mensagens. Depois vieram as tabuletas de argila, pergaminhos, o papel que hoje é utilizado para escrita de cadernos, jornais, livros etc.
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Nossa tecnologia nos deu outros suportes de escrita como a tela do computador, não precisamos nem de borracha, basta "deletar". E com muita irreverência, criatividade, inovação encontramos nossa escrita nos outdoors, paredes, luminosos e até pessoas. Veja só como "Há tanta vida lá fora /E aqui dentro sempre". No final somos "Como uma onda no mar".
Tudo isso faz parte da memória humana, a necessidade de nos comunicarmos, de guardar de alguma forma nossa história, emoções e ideias que sempre nos acompanharam sob a forma desses registros que observamos. É claro que, essas coisas não acontecem do dia pra noite, mas a mudanças são inevitáveis. Pois, como diz a música " A vida vem em ondas como um mar/ Num indo e vindo infinito". Abraços! Sheila.
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Fonte de pesquisa:
BORGATTO, Ana. Tudo é linguagem. Editora Ática, São paulo, 2006.

3 comentários:

LISON disse...

SAUDAÇÕES!
AMIGA SHEILA,
Um texto muito bem explanado, os registros são impecáveis!
Quando as rodas giras se apresentam linguagens e imagens para arquivarmos o que alcançamos, razão do porque quem mais olha, menos vê, quem mais ouve, menos escuta, quanto pensamos que conhecemos, menos sabemos.
Acho que é por aí...
Parabéns pelo excelente texto!
Abraços!LISON

GEOLETRAS disse...

Amado amigo, Lison.

É sempre um prazer tê-lo por aqui. Vc fez um belo comentário. Resultado do que o texto provocou em você. Fico MUITO feliz por isso.

Abraços! Sheila.

Principe Encantado disse...

Amiga o grande teste de nosso progresso não é se nós acrescentamos abundância àqueles que têm muito. E sim se nós provemos bastante àqueles que têm pouco, êle passa e muito coisa deixam,os de lado.
Abraços forte

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