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domingo, 14 de abril de 2013

Deixa que o outro seja o que é


Muitas pessoas têm a mania de querer “converter” o outro não para Deus ou vida, mas para si ou ego. Isso é fonte de infelicidade, basta um pouco mais de convivência que começa as tentativas frustradas em querer mudar o outro. Isso acontece muito entre casais.
            Quando conhecemos as pessoas pela primeira vez, geralmente, gostamos como elas estão, por exemplo: uma flor no cabelo que curtimos no outro, o sorriso, o jeito espontâneo, a simplicidade de falar, as diferenças entre outros.
            Nem sempre as pessoas que nos cercam irão concordar com nossas opiniões. Precisamos sair da ilusão do nosso rebelde egoísmo de achar que se as pessoas pensassem como nós, o mundo seria melhor, perfeito. E por isso tentamos impor ou impingir nossas idéias ao outro. O que não quer dizer que devemos viver em discórdias e conflitos.
            Por acreditar que o outro é um boboca, só porque ele não aceita o que dizemos, sem perceber ou com intenção mesmo fazemos do outro um fantoche que diz “sim” quando dizemos e “não” ao falarmos também.
            E assim, leitores, a vida vai perdendo a qualidade das faces multicoloridas que só é possível vivenciá-las nas práticas de interação com as nossas semelhanças e diferenças.
            No livro o caminho da felicidade, Huberto Rohden diz que:

“o segredo da harmonia - equidistante da monotonia e do caos - está na integração, em saber adaptar o seu próprio caráter e gênio ao caráter e gênio do outro, fazer de si um complemento do outro. Integrar não quer dizer identificar, como não quer dizer destruir; é completar.”

            Para não terminarmos na solidão ou monotonia ou caos, é necessário compreender que não vamos conseguir crescer sozinhos. Hoje, o importante é tornar-se um complemento do outro e não aquele que destrói ou se identifica, porque até o excesso de igualdade é prejudicial, como também a incapacidade de lidar com a diferença.
            É preciso fazer algo semelhante ao que fizeram os personagens principais do filme “Ela dança, eu danço -1º parte”. Tyler é um dançarino de rua de estilo rebelde, Nora uma dançarina da escola de arte da elite de estilo clássico. Eles deram oportunidade a verdadeira harmonia a partir do momento em que ambos se complementaram. Criaram um espetáculo multicolorido com seus estilos de dança.
            Enfim, isso pede de nós um esforço maior, mas que no final compensa pela muitas alegrias e realizações que podemos vivenciar ao lado do outro.
Filme sugerido para complementar sua leitura.


Bjs/Sheila Fonseca.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HOHDEN, Huberto. Rumo à conciência cósmica: Diretrizes para o autoconhecimento e a autorrealização. Ed.,Martin Claret, São Paulo, 2009.
Filme
Ela Dança, Eu danço.

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