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quarta-feira, 30 de setembro de 2009

É poeta

A ideia de inspiração veio da época em que o poeta era considerado um gênio, alguém com o dom de escrever, no século XIX.
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Talvez pela valorização de outras atividades profissionais como engenheiro, médico etc. Considerados mais produtivas, o poeta passou a ser visto como sonhador ou vagabundo ou louco (ou as três coisas ao mesmo tempo).
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Esse conceito além de equivocado é fruto de uma grande ignorância acerca da própria língua. Pois, para se escrever é necessário trabalhar bastante a linguagem, ser original, ler muito, ou seja, ser um profissional da palavra. Deve haver um misto de "transpiração" e "inspiração" para que as coisas caminhem bem.
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O poeta é muito dedicado a poesia. É claro que, nem todas as pessoas têm propensão natural para escrever poesia e muito menos o talento que os poetas têm.
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Mas qualquer pessoa pode escrever razoavelmente bem, desde que desenvolva as técnicas da escrita e faça isso com frequência.
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A maioria das pessoas não gostam ou não sabem estudar poesia, mas postagens não irão faltar por aqui sobre esse assunto que merece uma abordagem mais cuidadosa. Isso é só o começo.
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Acretide todos nós temos um sentimento poético mais ou menos desenvolvido. Só que no poeta isso é explorado de modo a tornar-se uma capacidade, uma postura de vida. Seu mundo é uma realidade sensível que ele manifesta em palavras num poema.
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E para completar esta postagem, assista o filme (abaixo) que marca muito bem a pessoa do poeta.

Ps: Pôster dedicado ao amigo poeta JoãoBC do Dihitt.

Abraços! Sheila Fonseca.

Fonte de pesquisa:

GANCHO, Cândida. Introdução à poesia: Teoria e prática, editora Atual, São Paulo, 1989.

5 comentários:

Anônimo disse...

Sheila, acredito que todo ser humano é poeta, uma vez que ele tem sentimentos. Há aqueles que embora não sejam letrados passam para o papel as suas emoções e a visão que têm da vida de forma simples, mas que revelam muita sabedoria. Eu sou um candidato a poeta. Estou em pleno exercicío do aprendizado e os meus amigos aqui no dihitt têm me estimulado muito a continuar tentando fazer poesia que passe uma mensagem edificante de forma simples.
Fico-lhe grato pela homenagem que presta à minha pessoa neste post. Na "semana do saco cheio" vou assistir ao filme O POETA, que você está a indicar.
Um grande abraço.
João Batista da Cunha
Uberaba, MG/bRASIL.

PROJETO NOVO IMPULSO disse...

Amada Sheila uma bela homenagem a este amigo, ele merece ser lembrado.
A paz

LISON disse...

Saudações!
Amiga Sheila,
Que Post Fascinante!
Até onde minha santa miopia alcança, são muito poucos...Passei nos arquivos e peguei uma parte do texto, "Cartas a Um Jovem Poeta" de, Rainer Maria Rilke. que aborda o tema em tela..."Pois bem — usando da licença que me deu de aconselhá-lo — peço-lhe que deixe tudo isso. O senhor está olhando para fora, e é justamente o que menos deveria fazer neste momento. Ninguém o pode aconselhar ou ajudar, — ninguém. Não há senão um caminho. Procure entrar em si mesmo. Investigue o motivo que o manda escrever; examine se estende suas raízes pelos recantos mais profundos de sua alma; confesse a si mesmo: morreria, se lhe fosse vedado escrever? Isto acima de tudo: pergunte a si mesmo na hora mais tranqüila de sua noite: "Sou mesmo forçado a escrever?” Escave dentro de si uma resposta profunda. Se for afirmativa, se puder contestar àquela pergunta severa por um forte e simples "sou", então construa a sua vida de acordo com esta necessidade. Sua vida, até em sua hora mais indiferente e anódina, deverá tornar-se o sinal e o testemunho de tal pressão. Aproxime-se então da natureza. Depois procure, como se fosse o primeiro homem, dizer o que vê, vive, ama e perde. Não escreva poesias de amor. Evite de início as formas usais e demasiado comuns: são essas as mais difíceis, pois precisa-se de uma força grande e amadurecida para se produzir algo de pessoal num domínio em que sobram tradições boas, algumas brilhantes. Eis por que deve fugir dos motivos gerais para aqueles que a sua própria existência cotidiana lhe oferece; relate suas mágoas e seus desejos, seus pensamentos passageiros, sua fé em qualquer beleza — relate tudo isto com íntima e humilde sinceridade. Utilize, para se exprimir, as coisas do seu ambiente, as imagens dos seus sonhos e os objetos de sua lembrança. Se a própria existência cotidiana lhe parecer pobre, não a acuse. Acuse a si mesmo, diga consigo que não é bastante poeta para extrair as suas riquezas. Para o criador, com efeito, não há pobreza nem lugar mesquinho e indiferente. Mesmo que se encontrasse numa prisão, cujas paredes impedissem todos os ruídos do mundo de chegar aos seus ouvidos, não lhe ficaria sempre sua infância, esta esplêndida e régia riqueza, esse tesouro de recordações? Volte a atenção para ela. Procure soerguer as sensações submersas deste longínquo passado: sua personalidade há de reforçar-se, sua solidão há de alargar-se e transformar-se numa habitação entre o lusco e fusco diante do qual o ruído dos outros passa longe, sem nela penetrar. Se depois desta volta para dentro, deste ensimesmar-se, brotarem versos, não mais pensará em perguntar seja a quem for se são bons"
Favoritei o seu Post para assistir o filme.
Parabéns pelo Excelente Post!
Abraços!LISON.

Digital Softs Tutoriais Crackit Brasil disse...

Se sou poeta não sei mais adoro escrever coisas de amor, ditadas pelo coração, um homem romantico, é coisa rara hoje em dia, e não tenho vergonha de dizer q sou.

Um Abraço e parabens pelo seu post.

Joselito disse...

Nem tentao ao céu nem tanto a terra. mas, nos dias de hoje tem muita gente que acredita ser poeta.

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